sexta-feira, 24 de junho de 2011

Capítulo 11: Momentos de reflexão

Renata se foi e Luciana ficou ali, diante da porta aberta, parada com a mão na boca... na boca que acabou de beijar a boca de Renata. Um turbilhão de emoções: um misto de indignação e surpresa, irritação e excitação. Fechou a porta com força e sentou-se ainda tonta no sofá: “Quem lhe deu o direito de chegar assim e ir me agarrando?! Que estúpida!!! Ela nunca me disse nada, nunca sequer insinuou que sentia algo por mim!!! Soube pela Camila e... que merda é essa?!”. Sentiu-se ferida, invadida. Com Luciana as situações deveriam ser cautelosamente planejadas. Durante toda a sua existência tudo aconteceu formalmente, até os acontecimentos inusitados pediam licença para acontecerem em sua regrada vida... Ela autorizava ou não. Portanto, abrir a porta de sua casa e receber um beijo inesperado de sua melhor amiga era algo inadmissível para ela, sempre tão reservada. Parecia que algo se quebrava... toda aquela mágica, aquele encantamento romântico, parecia que se dissipavam por conta da ousadia descabida de Renata, que a invadiu sem pedir licença, sem conversarem a respeito de sentimentos ou mesmo de uma simples atração física. Estava furiosa... feita de boba... um objeto.
“Mas você correspondeu!” – apontou sua franca consciência. “É... correspondi...” – respondeu a si mesma levantando-se e andando angustiada ao redor da sala. “Correspondi porque meu instinto falou mais alto... mas não justifica nada!!! O modo como ela fez as coisas... Tudo errado, tudo errado... só me faz concluir que não há nada nela além de mais um desejo a ser saciado!”. Foi para o banheiro lavar o rosto e olhou-se no espelho. Ficou longos minutos apenas analisando a Luciana que estava diante de si mesma. Seus olhos encheram-se de lágrimas: “Ela não podia fazer isso comigo!”

De repente Renata ficou sóbria.
Saiu transtornada do prédio em direção ao carro. Ficou ali debruçada sobre o volante por algum tempo. Pensava em voltar e pedir desculpas, dizer que realmente estava bêbada sim e não sabia o que estava fazendo. Mas, se dissesse isso, desdiria também tudo o que disse... que estava apaixonada e queria ficar com ela. Seu olhar frio após o beijo, após a violenta recepção foi a ducha gelada que precisava para recobrar a razão. “Luciana não é como as outras... ela não é uma transa, não é um desejo puro e simples...”. Bateu a cabeça no volante: “Burra! Como fui estúpida!”
Arrancou dali morrendo de culpa e angústia... se pudesse voltar no tempo jamais invadiria o apartamento dela daquela maneira. “Nunca mais bebo”. Chegou em sua casa e foi direto para o banheiro tomar o banho frio que Luciana, com olhos assustados, lhe indicou. Suspirou ao sentir a água fria cair-lhe sobre o corpo em brasa. Assim que o frio apoderou-se do quente, sentiu-se triste, desconfortável... “estraguei tudo...”. Até parecia que Rê não conhecia Luciana... tímida, reservada, romântica. Não teve o mínimo de tato, totalmente desnorteada pelo desejo e pelo impulso do porre, pela vontade de tê-la rapidamente. Avançou o sinal quando estava indo bem... Camila já estava preparando todo o terreno... era só semear. “Estúpida!”
“Mas ela correspondeu!” – indicou sua voz interior. “Sim, ela correspondeu... mas isso não me tranquiliza diante de seu olhar de reprovação após a interrupção do beijo”. Renata sabia que Lu sentia algo forte por ela... por isso mesmo teria que ir com calma... sabia da dificuldade da amiga de expressar sentimentos, ainda mais aceitar uma possível relação homossexual.
Saiu do banho e foi para o quarto. Lá, deitada em cima dos lençóis chorou por perceber que o amor exigia atitudes mais sutis e pacientes... Luciana não era como as outras.

Lu não conseguiu dormir e, obviamente, estava péssima. Após horas chorando, seus olhos estavam inchados e seu humor uma tristeza. Tomou um banho, terminou de arrumar a mala e dirigiu-se para o aeroporto. O avião sairia às 7. Sentou-se e fechou os olhos por alguns instantes a fim de recuperar a razão e espantar aquela tristeza que a invadia. Mas, de repente, lembrou-se de que, naquele mesmo aeroporto ela reviu Renata depois de seis anos... seus olhos nos dela... não mais uma ninfeta metida a conquistadora, mas uma mulher linda que a olhava fixamente através daqueles olhos cor-de-mel. Aparentemente era sim uma mulher de 28 anos, mas ontem agiu como agia no ano em que a conheceu. Renata não cresceu, continuava infantil emocionalmente e, assim, destruía seus planos de um amor... um amor real, não apenas alguns dias de tesão e muita transa. Difícil imaginar que Renata havia amado algum dia.

Renata estava com o celular nas mãos, já dentro de um táxi a caminho do aeroporto. Não sabia se era o mais certo ligar para Luciana e pedir que a desculpasse. Sabia que estava atrasada, o voo sairia às 8... poderia perder o avião, poderia perder o emprego e ir atrás de Lu, mas seria mais uma atitude impulsiva, emocional e não resolveria as coisas... talvez só piorasse tudo. Teria que ter calma, assumir as consequências, reconquistar a confiança da amiga que, naquele momento, voava para Curitiba. Ligou:
— Alô!
— Camila?
— Quem é?
— Renata.
— Não credito que está me ligando a esta hora, Renata!!! Eu estou dormindo!!!
— Preciso falar com você...
A amiga sonolenta e prestes a mandar Renata para o inferno sentiu a gravidade da situação pelo tom da voz da ex-aniversariante-feliz e sentou-se na cama para ouvi-la melhor:
— O que aconteceu?
— Fiz uma besteira...
— Renata, pelo amor de Deus, conte tudo de uma vez numa única frase!
— Ontem, bêbada, fui até o apartamento da Lu e a beijei... Não dei tempo para nada: não conversei, não pedi permissão, não deixei que ela falasse... simplesmente toquei a campainha e a ataquei como ataco todos os caras e garotas que tenho vontade de beijar.
— Putz! – Camila suspirou e ficou em silêncio por um momento. — E ela? – já sabia a resposta. O contrário de Renata, Camila conhecia muito bem Luciana.
— Me mandou embora depois de acabar comigo.
— Eu preciso dizer que você foi uma idiota?
— Não.
— Então pegue o avião, vá trabalhar e à noite conversamos.

Camila fechou o celular nas mãos e balançou a cabeça desolada: “Que idiota!”. Deitou-se novamente e continuou pensando: “Idiota as duas! Uma porque é uma estúpida e invade a casa e a intimidade da outra assim, sem mais nem menos; a outra porque é romântica demais e espera que a estúpida mande um comunicado, acompanhado de flores, solicitando um beijo na boca e de língua, em vez de aproveitar o que Renata, certamente, sabe fazer de melhor!”. Riu, concluiu que estava num caso complicado... caso não conseguisse ajudar as amigas teria que se dividir novamente entre uma e outra. Meditaria, entraria em contato com as energias para que pudesse conversar calmamente com ambas. “É só eu me distrair um pouco e tudo acontece...” – finalizou seus pensamentos a caminho do banheiro.

NO SUL
Sabe quando parece que o mundo da melancolia está em cima de nossas costas? Assim se sentia Luciana. Às vezes, é difícil sorrir quando não se tem a mínima vontade e os olhos estão horríveis, contradizendo o sorriso que pretende ser, ao menos, convincente. Ela foi em busca de uma matéria para o Jornal e teria que ser muito simpática, muito imparcial, muito racional, muito cuidadosa... muito profissional. Foi. Conseguiu parte do que queria, o restante teria que ficar para os próximos dois dias: “Não sei se será bom ou ruim ficar por aqui por mais dois dias...” – refletia enquanto saía do banho no roupão do hotel. Sentou-se na poltrona e automaticamente lembrou-se, mais uma vez, do beijo de Renata. Não podia negar que ela beijava maravilhosamente bem e, só lembrar a deixava excitada. Mas Lu era racional, não conseguiria simplesmente curtir a fugacidade daquele momento se desejava mais, se estava completamente apaixonada... simplesmente não conseguiria.
“Nunca pensei que um dia fosse me apaixonar por uma mulher... e menos ainda por uma mulher como Renata...”. Tão diferente as duas... era nisso que pensava Luciana enquanto olhava a cidade da janela do quarto de hotel frio, silencioso... triste. “Antes não tivesse acontecido nada...”. Renata... tão espontânea, sempre “dada”, constantemente a procura de alguém que a atraísse... seu esporte preferido, jogar um charme, sorrir, olhar, conversar, beijar e... sabe-se lá mais o quê. Lu não gostava nem de pensar. Olhou para a escrivaninha e lá estava o jornal do dia que nem abriu. Pegou-o para folhear e, talvez, esquecer pensamentos que vinham como aquelas músicas que impregnam a nossa mente. Abriu o caderno de cultura e leu o anúncio de uma festa LGBT que aconteceria numa casa noturna badalada no centro da cidade. Como num retrocesso ela se lembrou das atitudes que tomou quando resolveu terminar com seu namorado há anos. Aquelas atitudes intempestivas, aquele gostinho estranho mas excitante de aventura, de ousadia. Leu mais uma vez o anúncio e resolveu que talvez fosse perfeito vestir-se e ir até lá observar o movimento: “Não tenho nada a perder e... ninguém me conhece por aqui!”. Levantou-se e foi até a mala.

NO NORDESTE
Renata sorria e conversava com os amigos – também funcionários – no hotel baiano. Eles sentiram sua falta, fazia tempo que a paulista sedutora não aparecia por lá para “angariar” mais fãs. Mas estavam um tanto preocupados com ela... estranha, meio séria... ou triste. Ela sorria sim, seu sorriso é instintivo, sua identidade, mas estava diferente, talvez sem o brilho do olhar. Renata estava diferente. Eles comentaram isso, perguntaram se ela estava bem. “Não, meus queridos... estou péssima! Um trapo, cheia de dor... com vontade de morrer!” – pensava antes de dizer a frase ensaiada:
— Estou bem... só um pouco cansada!
Ah! Estava explicado então! A falta de brilho nos olhos da arrasadora era cansaço... resolvida a questão. Mandaram-na para o quarto mais cedo, amanhã ela cuidaria do restante e participaria da reunião com os diretores da rede de hotel.
Subiu um tanto feliz por não ter que ficar mais tempo fingindo estar “apenas” cansada. Estava exausta sim, mas era um cansaço interior, emocional. Doía pensar que Luciana estava magoada com ela. Talvez estivesse indo bem antes de estragar tudo... Luciana e Camila já haviam reparado que ela estava mais tranquila com relação aos seus casos relâmpagos. Verdade, Rê não sentia mais tanta vontade de se entregar a relacionamentos efêmeros, ainda tinha vontade de beijar algumas pessoas que via passar por ela com aquele “algo” que a atraía, mas quando estava com as meninas se controlava... não queria que Luciana a visse com ninguém. Estava se guardando para ela, assim como as mocinhas fazem nos filmes românticos... estava disposta a renunciar toda a sua vida “don-juanística” para ter Lu ao seu lado; vê-la dormir como aconteceu naquele dia em seu apartamento, vê-la sorrir timidamente diante de brincadeiras toscas, vê-la olhar nos seus olhos e enxergar aquele brilho inebriante. Tá, estava parecendo uma boba romântica... mas estava apaixonada e agora precisaria começar tudo novamente.
Tomou um banho demorado porque reproduziu aquele beijo maravilhoso... “se ela beija assim, imagina como faz amor!” – fantasiava Renata excitada. “Ela correspondeu, me beijou com desejo, me abraçou com força... não é possível que tudo esteja perdido!”. Enxugou-se, caiu sobre a cama e pegou o celular. Discou para Luciana, mas caiu na caixa postal.

No outro extremo do mapa, Luciana entrava na tal festa.

Sentiu-se perdida, deslocada e logo pensou em voltar para o hotel. “O que estou fazendo aqui?! Não conheço ninguém!”. Mas, talvez, justamente pelo fato de não conhecer ninguém Luciana estivesse lá, observando e sendo observada pelo público presente naquela casa noturna sofisticada de Curitiba. Ali não precisaria arrumar desajeitadamente nenhuma desculpa caso algum conhecido a flagrasse, não teria que ficar atenta como uma paranoica a fim de verificar a todo instante se era observada por alguma possível testemunha, como se estivesse cometendo um crime. Ela nunca havia ido a uma festa LGBT e, a princípio, sentiu-se um pouco incomodada com os olhares de diversas mulheres sobre si. Estava acostumada com o contrário... homens a olhando, homens a abordando... mas naquele lugar nenhum homem olhava para ela e até achou graça. Foi até o bar e pediu uma coca-cola – “melhor não beber nada alcoólico” – encostou-se no balcão e passou os olhos pela pista. Através do pisca-pisca das luzes podia ver homens se beijando e, mais ao fundo, mulheres grudadas num canto escuro... eram refletidas apenas por certas luzes que davam àquele lugar um ar de mistério e muita sensualidade.
— Sozinha?
— Como?
— Você. Está sozinha?
Era uma mulher alta, morena, visivelmente mais velha... lindíssima, sorridente, olhos grandes e escuros. Luciana demorou um pouco para responder.
— Sim... estou sozinha.
— Quer companhia? – ela seduzia com os olhos e confundiu Lu, que não sabia se aceitava aquela cantada implícita, escondida naquele olhar provocante ou saía correndo. “Saiu na chuva é para se molhar...”
— Quero. – sua timidez a impedia de formular respostas mais complexas.
— Que tal me acompanhar? – e mostrou seu copo com uísque. Em seguida pediu uma dose ao barman.

Lu a acompanhou. Não só no drinque como até uma mesa onde pudessem conversar melhor. Tomaram uma, duas, três doses e, em menos de uma hora, já se conheciam relativamente bem – teoricamente falando –, pois o álcool libera a mente para a descontração e joga fora a timidez. Luciana já não estava tensa, nem desconfiada, nem achando que cometia um crime. Até sorria diante daquela mulher experiente, charmosa, que conduzia a conversa de modo que Lu nem percebia que informava sua mais nova amiga sobre tudo o que ela queria saber. Mas, como a “iniciante” de 30 anos também não era boba, sugava respostas da mulher com determinação e sentia que também possuía o poder da sedução... e isso era uma novidade: ela sabia, e muito bem, seduzir uma mulher. Lu a encarava e percebia que, em vários momentos, a morena ficava nervosa.
O nome da linda e grande mulher era Maria Luíza, mas todos a chamavam de Malu. Tinha 35 anos e estava recém-solteira... havia terminado um relacionamento de três anos porque sua ex-companheira decidiu morar no exterior. Usava um vestido provocante, que ressaltava seus seios e seu quadril, tinha pernas compridas... era mesmo um mulherão e isso, ao mesmo tempo que intimidava Luciana a excitava: “como será ir para a cama com uma mulher desta? Tão experiente, elegante, sensual...”. Seus olhos eram grandes e expressivos, sua boca, moldada pelo batom, ressaltava lábios grossos e apetitosos... seu cabelo escorria em ondas pelos ombros evidenciando ainda mais sua feminilidade.
Lu sentia-se uma pirralha perto de Malu, afinal, há pouco descobriu a vida e há menos tempo ainda descobriu que trilha um caminho diferente e, talvez, mais difícil... que ainda está aprendendo e que tudo é uma grande descoberta.
— Vamos dançar? – Malu puxou Luciana pela mão e foram para um canto da pista.
Ao som da música e depois de mais algumas doses de uísque, Luciana se deixava contaminar pelo ambiente e pelo clima que se formava entre as duas. Malu exalava charme e seduzia com seu imenso olhar. Lu, aos poucos, soltou-se na pista e também sentia seduzir. Percebeu que além de Malu, atraía outras garotas que dançavam próximas a ela. Reparou numa ruiva, de tatuagem na nuca que não parava de olhar para ela... “ser Renata por um dia não é tão mal assim...” – pensou ao lembrar-se de que a amiga era uma “galinha” incondicional e olhava para vários possíveis casos durante uma única noite de balada.
Antes que mergulhasse, mais uma vez, seus pensamentos em Renata, Malu a enlaçou pela cintura e disse em seu ouvido:
— Não aguento mais ficar longe de você... por que não saímos daqui e vamos para um lugar mais tranquilo?
Lu arrepiou-se de excitação, suas pernas bambearam quando sentiu a mão daquela mulher envolta de sua cintura, mas mesmo assim esboçou uma certa resistência... logo quebrada por Malu que a encostou repentinamente em uma pilastra dentro da pista e a beijou com fúria e desejo. Luciana a abraçava enquanto Malu, com mãos habilidosas, explorava o corpo da amante por baixo da blusa. A música, o perfume daquela mulher, as luzes, o clima... tudo aquilo estava enlouquecendo Luciana que se deixava envolver pelas mãos de Malu que percorriam seu corpo sob a blusa até que deixou ser tocada nos seios e:
— Vamos, Malu... vamos sair daqui.
Ambas saíram do lugar quase correndo porque o desejo é aflito e tem pressa. Saíram de mãos dadas e foram até o carro de Malu sem dizer palavras. Assim que entraram a mulher puxou Luciana e deu-lhe um beijo violento pela vontade de tê-la urgentemente. Lu não se reconhecia por estar louca de tesão sem se importar com nada, nem com as pessoas que passavam na rua e as olhavam com curiosidade. Finalmente, Malu ligou o carro e foram para sua casa.
Incoerente dizer quem tinha mais poder sobre quem. No momento em que o feitiço do desejo baixa é impossível ter algo sob controle. Malu sentia-se absurdamente atraída por Luciana... ainda não sabia bem o que a atraía tanto na garota/mulher, além da beleza. Talvez a docilidade... tão delicada, tímida... Estava perdendo o controle e a casa não chegava nunca. Lu, por sua vez, sabia exatamente o que a tinha atraído em Malu: sua experiência, sua segurança, seu charme... tudo isso além de querer muito provar a fugacidade de um momento como esse... queria agir como Renata, queria saber se vale a pena.

Chegaram na casa e quase não tiveram tempo de entrar. Malu sorriu maliciosamente e puxou Luciana para si. Seu beijo era angustiado, abarrotado de provocação. Por outro lado, Lu aproveitava, degustava aquele beijo como se provasse – e provava – pela primeira vez o prazer de uma mulher e o prazer que sentia ao estar com uma mulher. Jamais imaginou que fosse tão intenso, isso porque nem amava Malu, apenas deixou-se levar pelo momento... um inesquecível momento.
As duas foram para o quarto e lá Malu a olhava com sede, seus olhos grandes faiscavam desejo e, mesmo sentindo a fúria da sua vontade, Luciana entregou-se porque, instintivamente, confiou em Malu... e a morena não a decepcionou. Por trás daquela intensidade havia o instinto do cuidado feminino... por isso Luciana não se preocupou. Malu retirou a roupa da amante quase que adorando aquele corpo alvo e belo. Beijou seu pescoço enquanto retirava seu sutiã, depois passeou sua mão pelo corpo de Lu com cautela para que pudesse visualizar tudo. Luciana tirou o vestido da mulher e se entregava por desejo e por não saber exatamente o que fazer... mas, nem teria como, pois ao sentir os dedos de Malu entre duas pernas perdeu o ar por um instante e sentiu sua respiração mais intensa... Malu sorria e beijava seu corpo até que alcançou as coxas daquela mulher que ainda parecia tão menina, tão assustada e inexperiente. Faria com cuidado, desabrocharia aquela flor com carinho... Luciana jamais esqueceria aquele dia.
Malu a penetrou com a língua e não precisou muito para que Lu chegasse no completo êxtase e ela bebesse o romper do primeiro grande e verdadeiro prazer.

continua...

Um comentário:

Anônimo disse...

Hoje é sábado e eu nem sabia...;-) Gradecida linda Mariana. Brigadão pela postagem.