sexta-feira, 17 de junho de 2011

Capítulo 10: O aniversário de Renata

5h.
Madrugada quando Renata se mexeu e sentiu que estava em um lugar diferente. Não era sua cama... também não era a cama de Luciana, mas era o sofá dela e ela estava ao seu lado, ressonando lindamente... calma... seu braço estava enroscado no dela e Rê ficou assim, olhando-a dormir como um anjo. Pensou, naquele instante, que queria muito ficar com ela e decidiu que essa seria sua meta, sua maior e mais importante conquista: dormir e acordar ao lado dela, observá-la dormir quantas vezes quisesse, enroscar seu braço no dela todas as noites. O braço e o resto de seu corpo... Queria Luciana e queria ser dela. Nunca pensou em viver durante muito tempo com alguém.
Passou levemente a mão sobre os lábios macios de Lu e sorriu fascinada. Beijou-lhe o rosto com cuidado e desenroscou-se dela – apenas o braço –, levantou-se e desligou a TV. Procurou uma manta, jogou por cima de seu amor e saiu devagar. No elevador estalou-se toda, esticou-se... estava com as costas em frangalhos, mas nunca esteve tão feliz, tão completa por simplesmente ficar por algumas horas ao lado de Luciana... sem beijos ardentes, sem carícias ousadas, apenas a companhia, o clima, o sentimento de querer bem no ar. “Ela sente algo por mim...”. Concluiu Renata enquanto dirigia para casa ainda em uma espécie de transe... uma felicidade viajante. “Como diria a Cupido: nossas energias se encontraram.”. Maravilha!
— Ela gosta de mim!!! – disse em alto e bom som dentro do carro, ouvindo música, sorrindo... momento pleno de uma felicidade singela e verdadeira.
Rê subiu para seu apartamento. Queria ligar para Camila, mas lembrou-se de que era 6h e Camila a mataria... a amiga era um doce, mas quando acordada seria capaz de cometer um homicídio. “Melhor tomar um banho, um café e ir para o trabalho...”.
No trabalho soube que teria de viajar no dia seguinte: Salvador. O hotel a chamava... impossível recusar. Ficou um pouco mal-humorada, pois a festa seria hoje e teria que estar no aeroporto logo cedo, no dia seguinte. “Droga!”. Mas logo seu mau humor se foi porque recebeu os cumprimentos de todos os funcionários do hotel, sua segunda família. Compraram-lhe um bolo – de chocolate – e um iphone com a justificativa de que era mais sofisticado para armazenar todos os números de telefone e e-mails de seus pretendentes, e eles sabiam que Renata tinha muitos. Brincavam, falavam besteiras, comiam e bebiam quando seu velho celular tocou:
— Rê!
— Oi, Lu!!! – seu coração disparou e, imediatamente, afastou-se do grupo.
— Desculpa por ontem, ou melhor, por hoje cedo... nem vi quando você foi embora...
— Imagina, não quis te acordar...
— Parabéns, querida! Tinha planejado lhe entregar o presente hoje quando chegamos em casa, mas começamos a conversar e acabei me esquecendo...
“Meu melhor e maior presente é você, linda!” – pensou Renata enquanto ouvia a voz suave de Lu. Ela havia lhe chamado de “querida”.
— Meu presente será sua presença em minha festa logo mais...
Silêncio.
— Lu?!
— Oi. Rê, eu queria muito ir, mas houve um imprevisto aqui no jornal e terei que viajar amanhã cedo para Curitiba... – sua voz era de decepção e Renata ficou mais decepcionada ainda.
— Ahhh não, Lu! Você não pode deixar de ir... não pode fazer isso comigo! – o tom de súplica de Renata deixou Lu com o coração apertado. — E eu também terei que ir para Salvador amanhã cedo... estou na mesma situação que você!
Silêncio.
— Tá. Quero muito ir à sua festa... mas não poderei ficar até tarde.
— Bom... melhorou!
— Nos veremos lá então!
Luciana desligou o telefone um pouco chateada: “Por que viajar justo amanhã?!”. Às seis teria que estar no aeroporto, nem poderia cogitar a ideia de não ir. Mas logo ficou feliz ao reproduzir em seu pensamento a breve conversa que teve com a amiga. Renata tinha uma voz tão decidida e ao mesmo tempo tão meiga... não sabia definir, assim como ainda não sabia definir os sentimentos da “pegadora” com relação a ela. “Ela gosta de mim...”, disso tinha certeza. Sentia isso quando a olhava nos olhos, quando sorria... percebeu isso quando acordou hoje às sete da manhã e estava coberta por uma manta... “que linda, se preocupando comigo!”. Sabia que estava apaixonada, já tinha plena consciência de seu estado “doentio”, mas tinha medo. Uma mulher tão instável emocionalmente, tão experiente na “arte” da conquista, sempre rodeada por tantos apaixonados como ela. Ela, Luciana, não queria ser mais uma tonta seduzida na vida de Renata... um número, mais um item para seu extenso currículo. Não a beijaria simplesmente para saciar uma atração física porque não era apenas isso o que sentia... rolava um sentimento, algo mais fundo, mais complexo e não queria simplificar tudo num beijo ardente que no dia seguinte Renata, provavelmente, esqueceria. Às vezes ouvia uma música do Lulu Santos que a fazia se lembrar daquela mulher de olhos intensos cor-de-mel: “Eu gosto tanto de você, que até prefiro esconder, deixo assim ficar subentendido... como uma ideia que existe na cabeça e não tem a menor pretensão de acontecer...”
Iria. Iria à festa. Entregaria seu presente com amor... observaria sua desenvoltura e espontaneidade diante das pessoas que estariam lá. Encontraria Camila, conversariam besteiras e depois voltaria para casa com um gostinho de quero mais.
Renata estava se arrumando quando Camila chegou. Cupido estava linda num vestido preto, usava cordões enorme feitos de madeira e prendia o longo cabelo com um lenço. Aquele era seu estilo: zen. Rê ainda estava indecisa, não sabia se colocava um vestido vermelho, fatalmente provocante, ou uma calça que a deixaria irresistível, combinando com uma blusinha que também a deixaria irresistível – presente adivinhem de quem!
— Vá com o presente que te dei porque quando vi essa blusinha na vitrine pensei: “Esse presente trará bons fluidos para minha amiga...”!
Renata começou a rir: Camila era hilária com essas manias.
— Espero que essa blusinha me traga sorte... e que seja arrancada por alguém... – gargalhavam enquanto a aniversariante secava o cabelo.
— E quem seria esse alguém? – perguntou Cá, maliciosamente, enrolando uma parte de seu cabelo nos dedos. A amiga a olhou pelo espelho e seus olhos cor-de-mel responderam a pergunta.
— Você sabe!
Camila ligou para Luciana a fim de saber se ela não queria que as duas passassem pelo seu apartamento para irem juntas. Mas Lu ia com seu próprio carro, já que pretendia voltar cedo.
— Nossa! Não acredito! Hoje poderia ser o grande dia para vocês duas e as duas terão que viajar amanhã... Que merda!!! – resmungava Camila no carro com Renata.
— Eu não sei o que te deu pra pensar que hoje, justamente hoje, rolaria algo de mais entre mim e a Lu. – questionava Renata enquanto dirigia.
— Eu sinto.
— São as energias?
— Isso.
As mesas já estavam reservadas e o lugar cheio. Amigos da faculdade, das praias, de outras baladas, do hotel... muitos eram os convidados e Renata se sentia bem rodeada de pessoas queridas. O som estava ótimo e todos se divertiam. Vez ou outra ela procurava por Luciana, mas a amiga não chegava e isso a preocupava... não podia aceitar o fato de ela não estar lá, Lu tinha que participar de todos os seus momentos especiais.
Camila sumia, aparecia e sumia novamente. Logo estava alta, rindo à toa e analisando os astros.
Uma hora depois sua paixão platônica surgiu. Como conhecia algumas das pessoas que estavam ali, não foi possível seguir uma linha reta até Renata que a observava de longe. Parava para cumprimentar um, outro, mais um adiante... oferecendo tempo para que Renata se recuperasse do choque ao vê-la entrar deslumbrante num vestido curto, de alcinhas, descontraída, informal, totalmente sedutora, sensual... e percebia que as pessoas estavam atraídas por aquela visão. Entornou uma dose de uísque, tirou um cigarro do maço e continuou a observá-la quando foi interrompida por Camila.
— Está dando bandeira, garota! Fecha a boca se não a baba vai cair! – divertia-se Camila tirando o cigarro de entre os dedos da amiga e dando uma forte tragada. — Ela está linda, não é? Juro que se eu gostasse eu pegava...
— Não seja vulgar!
— Olá meninas! – finalmente a deslumbrante Lu conseguiu se aproximar sorridente. Seus olhos brilhavam, estava especialmente feliz naquele dia tão especial para Renata.
Camila a abraçou com força e a apertou dizendo que ela estava deliciosa – mais uma das “brincadeirinhas” das três. Instantaneamente Luciana corou e sem graça sorriu para Renata que a olhava ainda anestesiada.
— Aqui está o seu presente. – Rê recebeu um pequeno embrulho das mãos de Lu que a abraçou com força e carinho. Seus olhos cor-de-mel se fecharam para aproveitar ao máximo aquele momento mágico. Lu lhe desejava felicidades e todos aqueles votos que as pessoas dizem ao cumprimentar um aniversariante, mas, para Rê, aquelas palavras, sussurradas em seu ouvido lhe pareciam mais sinceras do que muitas que ouviu durante toda a sua vida.
Ao abrir os olhos depois do doce momento, Camila estava diante dela sorrindo. Não era um sorriso malicioso, era de contentamento, fraterno. As duas se olharam por um momento intenso... Cá piscou e saiu, foi beber mais.
— Obrigada, Lu! Sua presença é muito importante pra mim. – aqueles olhos a invadiram com intensidade, tanta intensidade que Luciana desviou-se deles desconcertada.
— Não vai abrir o presente?!
Era um relógio. Lindo! Original como a aniversariante. Renata o colocou no pulso e aproveitou para abraçar a amiga mais uma vez. Sussurrou um obrigado em seu ouvido e um sonoro “Te adoro!”.
Talvez Renata não tenha percebido o leve tremor que acometeu Luciana ao ser abraçada com tanta força. Ainda estava tonta por vê-la tão linda naquele jeans e naquela blusinha que, certamente, era presente de Camila. Quando seus olhos se encontraram teve vontade de jogar tudo para o alto e beijá-la na frente de todos. Mas o que viria depois sempre a incomodava, ainda não conseguia se dedicar totalmente ao presente sem calcular o futuro, as consequências de suas ações. Sentiu o corpo quente de Renata contra o seu e sentiu-se se entregar a ele, estava excitada, nem soube como conseguiu falar tanto... dizer “parabéns”, “muitas felicidades” e “que sua vida seja repleta de conquistas”, votos nem um pouco originais, mas eram tão verdadeiros e ditos num momento em que todos os seus sentidos agiam aguçadamente. Quando Rê a olhou com olhos desejosos, sentiu o chão desaparecer, as pernas bambearem e a boca secar. Uma loucura!
Logo outros amigos da aniversariante se aproximaram e Lu achou melhor dar uma circulada para rever mais pessoas e encontrar Camila. Dependendo de como a amiga zen estivesse teria que tirar o copo de sua mão ou logo entraria em alfa. Mas Camila nem estava com um copo, estava escorada no bar conversando com dois rapazes que a paqueravam. Quando viu Lu de longe, dispensou os garotinhos e foi ao seu encontro.
— Dois de uma vez, amiga?
— Dois que não valem por um! – riram e seguiram para o outro lado do bar.
Conversaram sobre a festa... nada muito sério... até que Camila tomou coragem e:
— Lu, posso te fazer uma pergunta?
Luciana sorriu e balançou a cabeça afirmativamente tomando um gole da batida.
— O que você sente pela Renata?
Quase se engasgou com a bebida. Luciana não esperava por aquela pergunta tão assim... direta. Fez-se de desentendida, precisava de tempo:
— Ora! O que eu poderia sentir pela Rê? Ela é minha amiga querida, por quem tenho um carinho enorme e...
— Nãããooo!!! Não é disso que estou falando. Estou falando de um sentimento diferente, além... mais forte.
A garota tímida se transformou num pimentão. Camila a observava com doçura... uma doçura quase maternal. Sorriu, puxou a amiga pela mão e sentaram-se em uma das mesas.
— Lu, não se preocupa... sou sua amiga. Precisa parar de impor essa barreira que impede amigos como eu de saber o que vai dentro de você. Todos nós precisamos de um confidente, de alguém que nos ouça porque não dá pra resolver tudo sozinha... não dá mesmo. – Lu a olhava, mas, às vezes, sua timidez a fazia baixar os olhos. — Eu já te conheço um pouquinho pra saber que sente algo legal pela Rê... posso parecer meio aérea demais, mas observo as pessoas e já senti um clima entre vocês...
— Entre vocês não. Só de minha parte. – confessou finalmente Luciana num impulso que se tornava cada vez mais frequente. Ela olhou para Camila e continuou: — Sinto sim algo especial por Renata. Não sei como isso foi acontecer porque me lembro que a odiava há algum tempo, mas esse mesmo tempo fez com que eu a conhecesse e descobrisse que ela é demais, uma pessoa linda... mas...
— Mas?
— Mas nunca deixou de ser a “pegadora”. Somos tão diferentes nesse aspecto, Cá... sou tão calma, tranquila e ela tão intensa, sempre caçando, sempre com todos os sentidos em alerta. Nunca teremos nada além da amizade que temos hoje.
— Por que, Luciana???
— Porque não quero ser apenas mais uma na lista de conquistas dela... não é uma necessidade matar minha curiosidade ou passar apenas uma noite de sexo com ela. Não gosto disso.
Camila pensou por um momento.
— Eu entendo sua insegurança. – mais um momento de silêncio para que a Cupido pensasse e tramasse: — Mas, e se eu dissesse que ela também sente algo especial por você?!
Lu sorriu sarcasticamente.
— Não acreditaria. – tomou o resto da bebida. — Eu até acredito que ela possa se sentir atraída por mim, mas não acredito em nada além disso.
— Então, vou te dizer uma coisa: Renata está apaixonada por você e, se prestar atenção, verá que não estou mentindo.
Cá se levantou e foi em direção ao bar. Luciana ficou ali sentada, com o copo vazio entre as mãos, pensando.
A festa bombava e Rê dispensava atenção a todos os amigos presentes. Gostaria muito de ter um momento a sós com Luciana. Pensava seriamente em lhe dizer o que sentia naquela noite. Camila enchia tanto sua cabeça com suas histórias que ela acabava acreditando e sentia que aquele poderia ser o dia ideal para se declarar. Mas a todo instante alguém se aproximava e seu plano era adiado, até que sua paixão se aproximou:
— Rê, já são duas horas... preciso ir...
— Não acredito! – disse frustrada.
— Eu não queria ir, mas... você sabe...
— Claro! Eu sei... – abraçou mais uma vez a amiga. As duas estremeceram... as duas disfarçaram.

Foi como se o encanto da festa tivesse acabado. Rê já não achava a noite tão legal e começou a ficar entediada. O brilho de tudo aquilo era Luciana... Lu iluminava tudo. Resolveu incrementar o restante da balada bebendo. Bebeu, bebeu e foi em busca de Camila chorar suas mágoas. Estava extremamente triste, como todos os bêbados ficam em algum momento de sua bebedeira.
Camila estava agarrando um grandão desconhecido. O beijo era tão sensual, demorado e bonito que Renata esperou que terminassem. Assistiu a tudo com uma certa inveja. Depois que terminou a puxou.
— Camila, ela já foi!
— Eu sei... Da pra falarmos nisso depois?!
— Cá, estou doente de amor... não aguento mais, vou explodir e sairão vários coraçõezinhos de dentro de mim!!!
Camila olhou para o grandão e pediu que ele a esperasse.
— Me escuta que vou falar só uma vez: você precisa tomar a iniciativa, Renata. É sério. Hoje, aqui, ela me disse que sente algo especial por você. Mas é o seguinte: se você não estiver a fim de assumir nada, não vá atrás dela, não tome porra de iniciativa nenhuma. Se você estiver a fim apenas de trepar com ela, esqueça... a Lu também é minha amiga e ela não merece que você brinque com seus sentimentos. Agora, faça o que você achar melhor... não quero ouvir mais nada sobre isso por hoje. Tchau, vou beijar!
E foi.
Renata ficou ali, estática... pensando. Mas bêbados não pensam, agem impulsivamente. Impulsivamente demais.
Foi até a chapelaria, pegou sua bolsa e saiu. No estacionamento respirou fundo e chegou à conclusão de que estava bem para dirigir e, se não estivesse, teria que estar porque agora era tudo ou nada e ela não poderia deixar esse ataque de impulsividade passar.
Chegou em frente ao prédio de Luciana em dez minutos. Mascou rapidamente um chiclete, cuspiu-o ao entrar no elevador. Estava tremendo, ansiosa demais, absurdamente excitada. Não havia racionalidade ali... nenhuma. Apenas desejo, instinto, emoção. Respirou fundo algumas vezes para não ter um ataque cardíaco ou perder a voz diante de seu amor.
Tocou a campainha.
Alguns segundos... eternos segundos.
A porta se abriu. Luciana.
— Rê?! O que você está fazendo aqui?
Renata a olhou nos olhos. Luciana tinha que enxergar o ardor de seu olhar cor-de-mel.
— Vim buscar meu presente.
Lu, já vestida para dormir, sorriu sem entender:
— Mas, eu te entreguei... você o está usando... – e apontou para o braço da amiga. Renata, além de bêbada, estava tomada pela impulsividade e não enxergava mais nada, só a boca de Lu diante de si. Avançou lentamente, uma de suas mãos segurou seu pescoço, a outra a puxou cuidadosamente pela cintura e em segundos não via mais os lábios desejosos de Lu porque os seus os tocavam com volúpia, muita vontade... um desejo absurdo. Sentiu as mãos de Luciana em suas costas, ela a apertava com força e arrepiou-se quando sentiu a coxa nua da amiga encostar em sua calça. Suas bocas se encaixavam, se devoravam e Renata nunca havia imaginado uma boca tão perfeita, tão macia e um beijo tão amoroso e intenso. Tentou empurrar sutilmente Luciana para dentro do apartamento, para dentro do seu quarto e em cima de sua cama, mas, repentinamente, Lu se desvencilhou dela, virou as costas e passou as mãos pelo cabelo:
— Renata, o que é isso?!
— Lu, estou apaixonada por você... há tempos... eu não sabia como dizer...
— E aí você entra assim, já vem me beijando... Você está bêbada!!!
— Não, Lu... não o suficiente para não saber o que estou fazendo. Eu quero você.
— Você me quer como quer todas as pessoas que te atraem de alguma maneira. Sou mais uma para entrar na sua imensa lista... – Lu estava furiosa. — Como você chega assim... faz isso como se eu não tivesse vontade! Você nem teve a sensibilidade de me contar, foi entrando como um furacão...
— Você quis!!! Você correspondeu ao beijo!!!
— Não é tão simples assim, Renata.
— Eu não quero simplesmente te beijar, Lu... quero ficar com você.
— Você não sabe o que está dizendo...
— Sei muito bem o que estou dizendo.
— Acho melhor você ir... precisa tomar um banho frio.
— Lu...
— Por favor, Renata! – finalizou a discussão indicando a porta para Renata que saiu sem olhar para trás.

continua...

3 comentários:

Sayuri disse...

Eu me lembro de ter lido um tempo atrás, mas está tão gostoso ler de novo... quando tem a continuação?
Esse final é diferente do outro?

:)

Anônimo disse...

Boa noite Mariana!
Mais uma vez, eis a minha gratidão pelos bons momentos de leitura e pouco importa se real ou ficção. O importante mesmo é a possibilidade que nos dá (tenho certeza de não ser a única que vejo dessa forma) de pelos menos aqui, curtirmos uma história de amor que apesar dos percalços, termina feliz. Já lia a história tempos atrás, reli a poucos dias e não é um prazer menor curtir a cada semana a nova versão.
Sua fã, que nem se atreve a dizer o nome.
Boa semana!

Mariana Cortez disse...

Obrigada, meninas! Enquanto não vem um inédito vou revisando os velhos, rs. Sayuri, o final só tem um acréscimo... acho que vai gostar ;)
Beijos e até sexta!